Eles já chegaram se pegando e se mordendo feito bichos. Sentaram em uma de minhas grandes raízes, e a festa sexual continuou.
Gemidos, soluços sem pranto, beijos de língua, chupões, amassos e o diabo a quatro.
- Você perdoa, amor? - Ela perguntou.
Não houve resposta da parte dele.
Respiração apressada dele, mais gemidos dela. Ele arrancou a blusa da moça.
- Diz que perdoa, amor. - Ela pediu mais uma vez. - Ele não significou nada.
Ele abaixou a calça jeans da garota até os joelhos.
- Amor... - Ela arrulhou. - E beijava a boca do rapaz, seu queixo, seus olhos...
- Se vire. - Ele disse com a voz rouca.
- Safado! - Ela retrucou quase num rosnado.
Francamente, já se esconderam atrás de meu tronco por muitas razões: tocaias, vigias, conspirações... Por isso me deram esse nome desgraçado, mas para uma sacanagem dessas, é a primeira vez.
Ele beijava as costas da fêmea, sua cintura, nádegas, e ela se contorcia em êxtase, como uma serpente.
E foi então, quando a mão esquerda do rapaz acariciava os ruivos cabelos da moça, que eu vi o brilho da navalha na mão direita, e o sangue jorrar do pescoço dela.
Bom Jesus do Norte, 4/8/2013 - 23h13
Autor: Paulo de Souza Xavier
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